Cultura Livinhandesa

Abrangência: Hegemonicamente apenas na República Livinhana e na República Livre de Medesca, mas há “rebeldes republicanos” no Império Icílius e nos Califados de Al Kammada que são muito influenciados por essa cultura.
Valores: O pilar da cultura livinhandesa é, originalmente, a sua estrutura de classes composta de escravos, plebeus e cidadãos. Respectivamente, 20%, 70% e 10% da população. Há uma compreensão generalizada que essa estrutura é a correta e justa. Os cidadãos, vistos como pessoas mais importantes, capazes e sábios, são a classe dirigente. Para fazer parte dela é preciso ter terras e as pessoas do sexo masculino alfabetizados participam da vida política. Acredita-se que por possuírem terras, eles evidentemente tem compromisso e interesse no sucesso de seu condado e da república como o todo. Eles possuem privilégios vários, inclusive a exclusividade de acesso a alguns pontos da cidade. Mesmo os escravos entendem que a sua condição é justa, na maior parte do tempo (já houve revoltas). A escravidão nessa região garante alguns direitos básicos ao escravo, como o direito à vida e à propriedade. Escravos comumente se colocaram nessa condição por dívidas financeiras e, por isso, vivem economizam dinheiro que ganham em horas vagas para comprar a sua liberdade. Escravos “amados” pelos seus senhores tem o direito à liberdade garantido no testamento deles. E enganasse quem pensar que a eles só é conferido o trabalho braçal, há escravos intelectuais, responsáveis por finanças e tutores de crianças, por exemplo.
Na República Livre de Medesca, não há mais escravidão e todos podem participar da vida pública, teoricamente. Mas, como é preciso tempo livre e ser alfabetizado para se ter acesso a informações essenciais, são mesmo os ricos que comandam. Além do mais, há uma entendimento geral que esse é trabalho para eles.
Outros valores importantes são o legalismo e o “culto à razão”, influência direta da Ordem de Forseti. Um livinhandes acredita que a racionalidade é o melhor caminho para se resolver os problemas e tomar decisões. Crêem ainda que as leis são frutos da razão e, por isso, devem ser seguidas cegamente. Criminosos são visto com extremo repúdio e não pelo ato em si, mas por terem desrespeitado a lei.
Religião: A Ordem de Forseti, instituição religiosa mais influente nessa cultura, nunca pregou a religiosidade como prática cotidiana, apenas como instrumento jurídico e governamental. Por isso, o dia a dia padrão de um livinhandês sempre foi laico, mesmo antes da influência antiteísta dos magos. Desde a formação da República, o culto a todos os deuses era legalizado. Contudo, durante o período conhecido como os Fundamentos do Conflito, leis permitindo o culto apenas a Forseti e banindo as mensageiras da República foram aprovados. Esse período de politeísmo xenófobo só acabou com o Fim da Grande Guerra, quando os tratados de paz afirmaram a revogação de tais leis. Hoje em dia o politeísmo tolerante cresce rapidamente.
Sexualidade, gênero e matrimônio: Em nenhuma outra sociedade matrimônio e sexualidade estão tão separados. Os casamentos são simples atos legais de pessoas da mesma raça, mesma classe e de sexo oposto. Eles servem para fundir fortunas e gerar filhos-herdeiros. Mas eles não são para proporcionar prazer ou felicidade. Nunca, na cabeça da maioria dos livinhandeses, uma pessoa do sexo feminino serviria para dar prazer a alguém do sexo masculino. Homens conseguem prazeres com homens e mulheres, bem, quem se importa com elas? As relações homossexuais (e às vezes interraciais) nunca devem vir ao público, são sempre algo às escondidas, não devem nem ser comentadas. Pessoas do sexo feminino têm pouquíssimo espaço social. Vivem cuidando da casa e dos filhos e são procuradas pelos seus maridos quando esses desejam procriar.
Relação racial: Inicialmente a República Livinhana era composta de gnomos e centauros, apenas. Para os primeiros cabia o papel de pensar, enquanto os segundos serviam para agir. Com o passar dos séculos, hordas de estrangeiros de incorporam, das mais diversas raças. Isso fez com que a tolerância racial se impusesse, mas ainda existe bastante preconceito no que diz respeito ao papel que cada raça deve cumprir. Algumas, como gnomos, elfos, goblins, são vistas como naturalmente pensantes, servindo, assim, para serem cidadãos. Outras, como centauros, hobgoblins, orcs e minotauros, servem como trabalhadores, servem para ser plebeus e escravos. Os humanos são vistos como um meio termo. Mesmo que existam indivíduos que não ocupem a sua “classe natural”, até porque uma minoria de qualquer raça consegue ser cidadão.
Arte: Livinhandeses são apaixonados por arte, não são por possuí-la, mas por produzi-la. As casas dos cidadãos são cheias de objetos de arte, como pinturas, esculturas, porcelanas, móveis finos, entre outros. Alguns deles mágicos. As paredes são sempre pintadas, trabalhadas em baixo relevo ou estão cheias de livros. Nas cidades, há um núcleo central, exclusivo para cidadãos e trabalhadores que lá labutam. Nele ficam os prédios mais nobres as residências dos cidadãos mais abastados e grandes obras públicas, como fontes e estátuas. Mas há uma forma de arte que os cidadãos livinhanos sentem mais apreço, o teatro. Essa é a única região do mundo aonde é possível encontrá-lo. Atores, apesar de geralmente serem plebeus, são admirados.
Nomes: Os nomes livinhandeses são compostos pelo nome principal e por um sobrenome de família, sempre proveniente do pai. As esposas, contudo, trocam o seu sobrenome de nascimento pelo o do seu marido.
Relação com outras culturas: Os livinhadeses se consideram superiores a outras culturas pelos seus avanços tecnológicos e por possuírem uma sociedade organizada e gerida por leis. Mesmo quando se comparam os icilianos, que invadiram boa parte do seu território, os livinahndeses se vêem como maiorais, só que com um sentimento de vingança.