Cultura Kammadê

Abrangência: Califados de Al Kammada, Califado de Nelik, no território dos Defensores do Sultão e nos territórios antes pertencentes a Al Kammada que estão ocupados pelo Império Icílius. Algumas tribos nos Territórios Orc ainda mantêm essa cultura.
Valores: Os principais valores kammadês são a relação nobreza-povo, a religiosidade e a família. Há também o respeito por aqueles que conseguiram sucesso financeiro por mérito e trabalho.
Os conceitos de nobreza e clero em Al Kammada se misturam. Cabe a essa classe tanto governar os califados como cultuar Sif, considerada uma divindade mais importante que as demais e própria para a nobreza. O povo deve ser fiel e obedecer seus nobres, pois sabe que Sif só abençoa os nobres que forem fieis ao povo.
Essa forma de pensar se repete de forma análoga dentro da família, aonde a nobreza é espelhada no pai. A diferença é que ele não cultua Sif e sim outra divindade.
Por fim, cabe ressaltar o grande respeito e admiração que a magia arcana é encarada. O conceito que a mana é algo divino faz com que os magos, principalmente os Magos de Sif, sejam visto com apreço e confiança. Magos notoriamente antiteístas não gozam de tais tratos.
Religião: A religião ocupa um lugar central na cultura kammadê. É com grande orgulho que eles reivindicam o politeísmo tolerante e a harmonia gerada por ele. Cada seguimento da sociedade é incentivado a adorar uma divindade em especial e a respeitar as demais. O culto a Sif, a deusa da magia, é restrito à nobreza. Os demais deuses são idolatrados pelo povo de acordo com atividade exercida. Camponeses cultuam Idum, marinheiros Aegir, curandeiros Hel, guerreiros Tyr e Thor, e assim por diante.
A influência antiteísta dos magos conseguiu alguns adeptos kammadenses, mas esses não são muitos. Mesmo entre os magos, há maioria é religiosa.
Sexualidade, gênero e matrimônio: Trata-se de uma sociedade patriarcal e homofóbica. As pessoas do sexo masculino ocupam os principais cargos políticos, religiosos e na guilda dos magos. Há algumas poucas exceções que ocorrem em decorrência que hiatos sucessórios, que obrigam uma nobre a ocupar o cargo de califa, ou quando alguém do sexo feminino se sobressai nos poderes arcanos ou divinos. Homossexuais de ambos os sexos são execrados socialmente e podem, inclusive, perder o cargo de nobreza.
A família é algo muito importante para a vida de um kammadense. O casamento é uma celebração religiosa sacramentada por um sacerdote, ou algo que o valha (clérigo, druida, entre outros), do deus que o marido cultue. Existem também os casamentos pagãos, não envolvendo a presença de religiosos. O relacionamento inter-racial ainda é um tabu, mas não é criminalizado.
Os nobres do sexo masculino são os únicos que tem direito a poligamia. Mas mesmo eles deverão ter uma única mulher legítima. Seu harém poderá ser composto por quantas ele conseguir comprar. As odaliscas são compradas das suas famílias ainda crianças e são a única forma de escravidão permitida em Al Kammada. Em geral, são humanas, mas podem pertencer a outras raças.
Relação racial: A uma grande tolerância racial em Al Kammada, contudo, cada raça deve ocupar o seu lugar. A raça vista como superior é a humana, mas especificamente os de pele negra. Quase a totalidade da nobreza pertence a essa etnia. Por outro lado, há raças, especialmente orcs, que são vistas como guerreiros por natureza. Boa parte dos baixos cargos das Guardas dos Califas é ocupada por orcs, que são liderados por raças mais “civilizadas”.
Arte: A arte kammadê está intrinsecamente ligada à religião. Pintura, esculturas e, principalmente, tapeçarias possuem temas religiosos. A nobreza costuma colecioná-los, sendo os mágicos os mais valorizados, pois a magia arcana é encarada como uma face do divino. Finos e luxuosos tapetes voadores são um símbolo de um nobre kammadê.
Nomes: Ao nascer, os kammadenses recebem um nome próprio, que deve ser seguido pelo nome do pai. Ao alcançar a maturidade, 16 anos para um humano, eles escolhem que deus eles vão cultuar, o que lhes conferirá um segundo sobrenome. Exemplos de nome: Candafer, filho de Manjudir, devoto de Idum; Ma’ara, filha de Kandylah, devota de Frey. Graças à influência antiteístas, alguns jovens abandonaram a tradição do segundo sobrenome.
Relação com outras culturas: Os kammadenses são tolerantes às demais culturas, mas não esqueceram as traições cometidas durante a Grande Guerra. Livinhandeses e gatroveses declararam guerra sem provocações e tentaram invadir seu território. Icilianos e anões se aproveitaram da luta contra Nelik e usurparam parte de suas terras. Não há um sentimento de vingança, mas de ressentimento e amargura.


Arte: “les bains du harem" de Jean-Léon Gérôme, retirada da Wikipédia.