Mais Povos se Organizam
A partir do século XXV ADR, mais raças passaram a se organizar com graus distintos desenvolvimento. Nem todas dominam a agricultura, a escrita ou o trabalho com minérios. Surgem os cultos a Thor, Hel e Sif.
Minotauros
Os chamados minotauros são na verdade duas espécies que não são verteis entre si, mas vivem de forma harmônica e unida. Os de pele marrom escuro, chamados apenas de minotauros, e os de pele branca. Esses últimos são chamados pelos minotauros de minotauros sagrados e pelas outras raças de minotauros brancos. Até 2.500ADR, eles viviam em tribos bastante isoladas, com os minotauros brancos exercendo os papeis de liderança militar, política e religiosa. Eles também ditavam os direitos sobre a divisão de alimentos e ferramentas entre os membros da tribo. Viviam única e exclusivamente da caça, possuiam o conhecimento de ferramentas de pedra, osso e madeira. Também conheciam o trabalho em couro.
Esse povo construiu as suas primeiras centralidades na margem nascente do Grande Canal, desde o Mar de Areia, até o Oceano Interno. Não eram cidades de fato, eram grandes pirâmides e templos feitos de pedra cujo único propósito era o culto ao seu deus e a queima de seus mortos. A divindade adorada era Thor. Nas paredes dessas construções existiam imagens de uma entidade andando sobre as nuvens e lançando seus raios.
Por volta de 2.000ADR, a falta de caça nessa região faz com que as tribos que ali habitavam migrem para o Poente ou morram, aos poucos, de fome. Nessa mesma época, os minotauros desenvolvem o conhecimento sobre a mineração e trabalho com cobre. Entretanto esse minério não é muito comum na região em que eles estão estabelecidos. Além disso, não há muito excedente de comida para sustentar mineradores e armeiros. As primeiras armas e armaduras metálicas foram construídas, mas, por serem raras, apenas alguns poucos líderes e grandes guerreiros podiam possuí-las. Dois séculos mais tarde, os minotauros tentaram voltar para essa margem do Grande Canal, mas encontraram a região ocupada por icilianos. Esse conflito será descrito mais adiante.
Icilianos
A civilização iciliana surge nas margens do Rio Verde. Nessa região, da Floresta de Canarran até o Oceano Interno, se espalhavam tribos de humanos, goblins e hobgoblins. Eles eram nômades e viviam da caça e da coleta. Tinham línguas e costumes próprios. Por volta de 2.400ADR, uma tribo de humanos chamada Icílius começa a se sedentarizar. Desenvolvem a agricultura e a pecuária e com isso construíram suas primeiras aldeias nas férteis margens do citado rio. Eles domesticaram cavalos, vacas e outros animais. Também desenvolveram técnicas de mineração e trabalho de cobre, que era usado para fazer armas e ferramentas. Além disso, formam o primeiro exército dessa região. As outras tribos das redondezas foram ao longo dos séculos se submeteram as vontades impostas pelos icilianos. Os hobgoblins foram escravizados ou mortos, enquanto que humanos e goblins eram na sua maioria tratados como vassalos. A língua icílica foi imposta nos territórios ocupados fazendo com o passar dos anos muitas línguas e dialetos ficassem esquecidos.
As conformações política e econômica do Império Icílico se consolidaram no século XXII ADR. O líder dos Icílius foi nomeado Imperador, que inicialmente só intervêm nos conflitos internos. O território do Império foi dividido em províncias, cujo poder político foi dado a Junta Governante. Ela era composta majoritariamente por membros importantes da tribo Icílius, mas também havia representantes locais (influentes e colaboracionistas). As Juntas acumulavam os poderes executivo, legislativo e judiciário no nível provincial e eram determinantes na política nacional. Com o passar dos anos o poder do Imperador cresceu e ele passou a nomear os integrantes das Juntas Governantes, que se tornaram desta forma subservientes às vontades dele. A nomeação do primeiro Imperador iciliano, Caudinévius Icílius, em 2.178ADR, marca o ano 1 do primeiro calendário iciliano.
O século XIX ADR foi um dos mais impactantes da história icílica. No início dele, descobriram como minerar e trabalhar o ferro. Muitas minas foram construídas na montanha vermelha, rica desse tipo de minério. Armas e ferramentas metálicas se tornaram muito mais comuns. O Império se fortaleceu nas suas forças econômica e militar. As margens do Rio Vermelho foram colonizadas, terras essas que pertenciam aos minotauros no passado. Lá foram encontradas as ruínas das pirâmides e dos templos dedicados a Thor. O Imperador ordenou que um grupo de sábios anciões investigasse essas construções. Assim surgiram os primeiros sacerdotes humanos de Thor. Não demoraria para a Ordem de Thor ser formada, o que ocorreu em 1.811ADR. Em 1.802ADR, Urbis Icílianas é construída no sopé da Montanha Vermelha para servir de capital do Império (perto das minas de ferro e das pirâmides sagradas). Um novo calendário icílico foi estabelecido tendo essa data como referência.
Algumas tribos de Minotauros tentam voltar para os territórios recém-ocupados pelos icilianos. O conflito entre essas duas nações foi iniciado com combates de pequenas proporções. Os icilianos conseguiram construir uma grande fortaleza fechando o estreito entre o Grande Canal e o Mar de Areia, onde futuramente será construída Urbis Centralis. Essa fortificação impediu que os minotauros passassem. Para incentivar que guerreiros se aventurassem na caça aos minotauros, o imperador iciliano ofereceu recompensas por esses seres, vivos ou mortos. Os capturados foram tratados como feras nas arenas.
Kammadenses
Os kammadenses iniciaram a sua sedentarização nas margens do Rio Lail Nelik por volta do século XXV. Eles eram apenas humanos inicialmente. Nesta região, entre a Cordilheira de Mongreg e o Oceano Nascente, existiam outras tribos de humanos e, mais ao sul, algumas tribos de halflings. Todos nômades. Aos poucos, essas tribos nômades passaram a saber que os kammadenses dominavam a agricultura e a pecuária (de vacas, cavalos, cabras, entre outros animais) e pediram que eles dividissem esses conhecimentos. Para evitar ataques, os kammadenses atenderam aos pedidos, enviando seus sábios idosos para as tribos vizinhas. Contudo, eles não levaram só os conhecimentos solicitados como também suas cultura e língua. Dentro de algumas gerações as tribos dessa região passaram a viver e pensar de forma semelhante. Todos passaram a se considerar kammadenses, apesar da tribo original não exercer nenhum tipo de liderança sobre as outras.
Os kammadenses domesticaram os camelos por volta do século XXII e, graças a esses animais, expandiram seus domínios para o Norte, entre o Deserto de Palatir Adhe e a Cordilheira de Mongerg. Nesse deserto, no ano 2.206ADR, uma das expedições kammadense encontrou um castelo que viria a ser chamado de Morada de Sif. A data de encontro dessa construção marca o ano 1 do calendário kammadense. Trata-se de um palácio feito todo de metal, cujas proporções são cerca de 3 vezes maiores que os padrões humanos. A maior parte do castelo está afundada na areia, apenas os topos de algumas torres estão descobertas. Nelas se vê figuras de uma mulher e escrituras incompreensíveis até então. Os kammadenses passaram então a adorar pela primeira vez uma divindade, Sif, pensavam inclusive que é a única deusa existente. Esse castelo passou a ser um local de peregrinação religiosa. Algumas tribos passaram a enviar alguns anciões para permanecer acampados perto do castelo para estudá-lo melhor. As tribos halfilings não enviaram ninguém, pois a travessia no deserto era demasiadamente cansativa para eles.
Dentro de algumas décadas surgiram os primeiros sacerdotes abençoados por essa deusa. Estes foram recebidos como homens santos pelas tribos, inclusive de halflings, que passaram a adorá-los e tratá-los como líderes. A Ordem de Sif foi formada, em 1.942 ADR, agrupando todos os seus escolhidos. Ela passou a comandar todos os kammadenses, política e espiritualmente. O território comandado por eles foi dividido em califados e os líderes da Ordem receberam o título de Califa.
Povo Alado
O homens e mulheres alados foram criados por Sif nas íngremes montanhas conhecidas como Cordilheira das Asas. Viviam como tribos independentes até o ano 2.256ADR, quando o Reino das Asas foi fundado. Nessa época sua escrita e artesanato já estavam consolidados. Não conheciam a agricultura, viviam da caça. Isso fez com que suas vilas não fossem muito numerosas. Desenvolveram também as técnicas de mineração e trabalho com cobre, contudo o trabalho nas minas era por demais claustrofóbico para essa raça. A maior parte de suas armas e ferramentas ainda eram de madeira e pedra. Não cultuavam nenhum deus.
Tinham uma tendência isolacionista. Até entraram em contato com os povos que se desenvolveram no sopé de suas montanhas. Mas como se sentiam mais protegidos nas alturas e evitavam descer. Por outro lado, raças não voadoras dificilmente se locomovem nessa cordilheira, fortalecendo ainda mais o isolamento.
Orcs (e ogros)
Orcs e ogros são raças distintas e estéreis entre si, entretanto elas sempre viveram juntas. Os ogros nunca conseguiram formar uma sociedade independente, a maioria deles sempre viveu liderada por orcs (ou outras raças), com a exceção daqueles que vivem isolados, quase como animais. Quando se fizer referência à civilização orc, deve-se subentender que existem ogros entre eles.
Essas raças foram criadas no interior de Ventre de Hel, no Norte de Midgard. Eles se organizavam em tribos independentes que viviam da caça, da pesca e da coleta. O único culto existente era a entrega de mortos a Hel, suas criadora, para quem seus mortos eram queimados. Por volta do século XXI ADR, desenvolveram a tecnologia de mineração e trabalho com cobre. Construíram algumas minas desse metal no interior do Ventre do Hel. Ao longo dos anos as tribos se espalharam para o Poente e Nascente da Fenda, colonizando as savanas. Algumas tribos se organizaram em clãs, liderados por chefes guerreiros e shamans abençoados. Os conflitos entre os clãs orcs eram constantes.
Centauros
Os centauros foram criados por Thor nas planícies do lado Poente de Midgard, ao Sul do Monte Livis. Eles nunca desenvolveram uma civilização própria de fato. Contudo, por volta do ano 2.000ADR os vários bandos nômades já falavam uma língua razoavelmente homogênea. Quase não tinham armas ou ferramentas, as que tinham eram de madeira e pedra. Que se saiba, não cultuavam nenhuma divindade.
Em 1.912ADR, centauros e gnomos se encontram na base do Monte Lívis. Graças aos pequeninos, conseguem se comunicar. Com medo de serem atacados por essas enormes criaturas, os gnomos passam a oferecer mantimentos aos centauros.
Os primeiros contatos
Além dos contatos já descritos de minotauros com icilianos e de centauros com gnomos, outros, de menor impacto também ocorrem. Seguem alguns deles.
Os icilianos e kammadenses já sabiam da existência alheia a alguns séculos, mas foi só em 1.765ADR que houve o primeiro contato oficial entre governantes. Foi no planalto entre a Cordilheira de Mongreg e as Montanhas da Coragem. Tratados de não agressão são estabelecidos, os territórios são reconhecidos como legítimos assim como a linha de fronteira e o comércio é aberto (apesar de muito tímido). O fato dos dois países terem um inimigo comum (ataques de trolls vindos do Sul) ajudou o bom entendimento entre eles.
Não se sabe quando ocorreu o primeiro contato entre icilianos e elfos. Sabe-se que sentiram medo mútuo e nenhuma forma de comunicação. Os icilianos evitaram, assim, entrar na Floresta de Canarran e os elfos não saíram dela, salvo algumas poucas exceções que não voltaram.
Na sua migração para o Poente, os minotauros se encontraram com duas raças. Por volta do século XX, eles chegam na base das Cordilheiras das Asas, lar do povo alado. Quase não houve contato, uma vez que os minotauros não se interessavam em subir as montanhas e o povo alado não queria descer delas. Aproximadamente 150 anos depois, minotauros e centauros se encontraram nas proximidades das montanhas hoje conhecidas como Fábrica de Pólvora. Nenhum tipo de comunicação foi estabelecido e as tribos e bandos dos dois lados evitaram confrontos, respeitando o território alheio.
Índice da História
1ª Revelação
O Crescimento
A Guerra dos Dragões
As Primeiras Civilizações Florescem
Mais Povos se Organizam você está aqui)
As Expansões
As Nações Novas Surgem
O Dia das Revelações
A Era de Ouro
Os Fundamentos do Conflito
A 2ª Revelação – O Conflito
A Independência de Nelik e o Fim do Sultanato
A Nova Expansão da República
Os Dragões Voltam a Guerrear
A Peste Sem-Fim
A Fundação da Guilda dos Magos
A Era da Pólvora
O Epílogo
A 3ª Revelação – O Fim
Minotauros
Os chamados minotauros são na verdade duas espécies que não são verteis entre si, mas vivem de forma harmônica e unida. Os de pele marrom escuro, chamados apenas de minotauros, e os de pele branca. Esses últimos são chamados pelos minotauros de minotauros sagrados e pelas outras raças de minotauros brancos. Até 2.500ADR, eles viviam em tribos bastante isoladas, com os minotauros brancos exercendo os papeis de liderança militar, política e religiosa. Eles também ditavam os direitos sobre a divisão de alimentos e ferramentas entre os membros da tribo. Viviam única e exclusivamente da caça, possuiam o conhecimento de ferramentas de pedra, osso e madeira. Também conheciam o trabalho em couro.
Esse povo construiu as suas primeiras centralidades na margem nascente do Grande Canal, desde o Mar de Areia, até o Oceano Interno. Não eram cidades de fato, eram grandes pirâmides e templos feitos de pedra cujo único propósito era o culto ao seu deus e a queima de seus mortos. A divindade adorada era Thor. Nas paredes dessas construções existiam imagens de uma entidade andando sobre as nuvens e lançando seus raios.
Por volta de 2.000ADR, a falta de caça nessa região faz com que as tribos que ali habitavam migrem para o Poente ou morram, aos poucos, de fome. Nessa mesma época, os minotauros desenvolvem o conhecimento sobre a mineração e trabalho com cobre. Entretanto esse minério não é muito comum na região em que eles estão estabelecidos. Além disso, não há muito excedente de comida para sustentar mineradores e armeiros. As primeiras armas e armaduras metálicas foram construídas, mas, por serem raras, apenas alguns poucos líderes e grandes guerreiros podiam possuí-las. Dois séculos mais tarde, os minotauros tentaram voltar para essa margem do Grande Canal, mas encontraram a região ocupada por icilianos. Esse conflito será descrito mais adiante.
Icilianos
A civilização iciliana surge nas margens do Rio Verde. Nessa região, da Floresta de Canarran até o Oceano Interno, se espalhavam tribos de humanos, goblins e hobgoblins. Eles eram nômades e viviam da caça e da coleta. Tinham línguas e costumes próprios. Por volta de 2.400ADR, uma tribo de humanos chamada Icílius começa a se sedentarizar. Desenvolvem a agricultura e a pecuária e com isso construíram suas primeiras aldeias nas férteis margens do citado rio. Eles domesticaram cavalos, vacas e outros animais. Também desenvolveram técnicas de mineração e trabalho de cobre, que era usado para fazer armas e ferramentas. Além disso, formam o primeiro exército dessa região. As outras tribos das redondezas foram ao longo dos séculos se submeteram as vontades impostas pelos icilianos. Os hobgoblins foram escravizados ou mortos, enquanto que humanos e goblins eram na sua maioria tratados como vassalos. A língua icílica foi imposta nos territórios ocupados fazendo com o passar dos anos muitas línguas e dialetos ficassem esquecidos.
As conformações política e econômica do Império Icílico se consolidaram no século XXII ADR. O líder dos Icílius foi nomeado Imperador, que inicialmente só intervêm nos conflitos internos. O território do Império foi dividido em províncias, cujo poder político foi dado a Junta Governante. Ela era composta majoritariamente por membros importantes da tribo Icílius, mas também havia representantes locais (influentes e colaboracionistas). As Juntas acumulavam os poderes executivo, legislativo e judiciário no nível provincial e eram determinantes na política nacional. Com o passar dos anos o poder do Imperador cresceu e ele passou a nomear os integrantes das Juntas Governantes, que se tornaram desta forma subservientes às vontades dele. A nomeação do primeiro Imperador iciliano, Caudinévius Icílius, em 2.178ADR, marca o ano 1 do primeiro calendário iciliano.
O século XIX ADR foi um dos mais impactantes da história icílica. No início dele, descobriram como minerar e trabalhar o ferro. Muitas minas foram construídas na montanha vermelha, rica desse tipo de minério. Armas e ferramentas metálicas se tornaram muito mais comuns. O Império se fortaleceu nas suas forças econômica e militar. As margens do Rio Vermelho foram colonizadas, terras essas que pertenciam aos minotauros no passado. Lá foram encontradas as ruínas das pirâmides e dos templos dedicados a Thor. O Imperador ordenou que um grupo de sábios anciões investigasse essas construções. Assim surgiram os primeiros sacerdotes humanos de Thor. Não demoraria para a Ordem de Thor ser formada, o que ocorreu em 1.811ADR. Em 1.802ADR, Urbis Icílianas é construída no sopé da Montanha Vermelha para servir de capital do Império (perto das minas de ferro e das pirâmides sagradas). Um novo calendário icílico foi estabelecido tendo essa data como referência.
Algumas tribos de Minotauros tentam voltar para os territórios recém-ocupados pelos icilianos. O conflito entre essas duas nações foi iniciado com combates de pequenas proporções. Os icilianos conseguiram construir uma grande fortaleza fechando o estreito entre o Grande Canal e o Mar de Areia, onde futuramente será construída Urbis Centralis. Essa fortificação impediu que os minotauros passassem. Para incentivar que guerreiros se aventurassem na caça aos minotauros, o imperador iciliano ofereceu recompensas por esses seres, vivos ou mortos. Os capturados foram tratados como feras nas arenas.
Kammadenses
Os kammadenses iniciaram a sua sedentarização nas margens do Rio Lail Nelik por volta do século XXV. Eles eram apenas humanos inicialmente. Nesta região, entre a Cordilheira de Mongreg e o Oceano Nascente, existiam outras tribos de humanos e, mais ao sul, algumas tribos de halflings. Todos nômades. Aos poucos, essas tribos nômades passaram a saber que os kammadenses dominavam a agricultura e a pecuária (de vacas, cavalos, cabras, entre outros animais) e pediram que eles dividissem esses conhecimentos. Para evitar ataques, os kammadenses atenderam aos pedidos, enviando seus sábios idosos para as tribos vizinhas. Contudo, eles não levaram só os conhecimentos solicitados como também suas cultura e língua. Dentro de algumas gerações as tribos dessa região passaram a viver e pensar de forma semelhante. Todos passaram a se considerar kammadenses, apesar da tribo original não exercer nenhum tipo de liderança sobre as outras.
Os kammadenses domesticaram os camelos por volta do século XXII e, graças a esses animais, expandiram seus domínios para o Norte, entre o Deserto de Palatir Adhe e a Cordilheira de Mongerg. Nesse deserto, no ano 2.206ADR, uma das expedições kammadense encontrou um castelo que viria a ser chamado de Morada de Sif. A data de encontro dessa construção marca o ano 1 do calendário kammadense. Trata-se de um palácio feito todo de metal, cujas proporções são cerca de 3 vezes maiores que os padrões humanos. A maior parte do castelo está afundada na areia, apenas os topos de algumas torres estão descobertas. Nelas se vê figuras de uma mulher e escrituras incompreensíveis até então. Os kammadenses passaram então a adorar pela primeira vez uma divindade, Sif, pensavam inclusive que é a única deusa existente. Esse castelo passou a ser um local de peregrinação religiosa. Algumas tribos passaram a enviar alguns anciões para permanecer acampados perto do castelo para estudá-lo melhor. As tribos halfilings não enviaram ninguém, pois a travessia no deserto era demasiadamente cansativa para eles.
Dentro de algumas décadas surgiram os primeiros sacerdotes abençoados por essa deusa. Estes foram recebidos como homens santos pelas tribos, inclusive de halflings, que passaram a adorá-los e tratá-los como líderes. A Ordem de Sif foi formada, em 1.942 ADR, agrupando todos os seus escolhidos. Ela passou a comandar todos os kammadenses, política e espiritualmente. O território comandado por eles foi dividido em califados e os líderes da Ordem receberam o título de Califa.
Povo Alado
O homens e mulheres alados foram criados por Sif nas íngremes montanhas conhecidas como Cordilheira das Asas. Viviam como tribos independentes até o ano 2.256ADR, quando o Reino das Asas foi fundado. Nessa época sua escrita e artesanato já estavam consolidados. Não conheciam a agricultura, viviam da caça. Isso fez com que suas vilas não fossem muito numerosas. Desenvolveram também as técnicas de mineração e trabalho com cobre, contudo o trabalho nas minas era por demais claustrofóbico para essa raça. A maior parte de suas armas e ferramentas ainda eram de madeira e pedra. Não cultuavam nenhum deus.
Tinham uma tendência isolacionista. Até entraram em contato com os povos que se desenvolveram no sopé de suas montanhas. Mas como se sentiam mais protegidos nas alturas e evitavam descer. Por outro lado, raças não voadoras dificilmente se locomovem nessa cordilheira, fortalecendo ainda mais o isolamento.
Orcs (e ogros)
Orcs e ogros são raças distintas e estéreis entre si, entretanto elas sempre viveram juntas. Os ogros nunca conseguiram formar uma sociedade independente, a maioria deles sempre viveu liderada por orcs (ou outras raças), com a exceção daqueles que vivem isolados, quase como animais. Quando se fizer referência à civilização orc, deve-se subentender que existem ogros entre eles.
Essas raças foram criadas no interior de Ventre de Hel, no Norte de Midgard. Eles se organizavam em tribos independentes que viviam da caça, da pesca e da coleta. O único culto existente era a entrega de mortos a Hel, suas criadora, para quem seus mortos eram queimados. Por volta do século XXI ADR, desenvolveram a tecnologia de mineração e trabalho com cobre. Construíram algumas minas desse metal no interior do Ventre do Hel. Ao longo dos anos as tribos se espalharam para o Poente e Nascente da Fenda, colonizando as savanas. Algumas tribos se organizaram em clãs, liderados por chefes guerreiros e shamans abençoados. Os conflitos entre os clãs orcs eram constantes.
Centauros
Os centauros foram criados por Thor nas planícies do lado Poente de Midgard, ao Sul do Monte Livis. Eles nunca desenvolveram uma civilização própria de fato. Contudo, por volta do ano 2.000ADR os vários bandos nômades já falavam uma língua razoavelmente homogênea. Quase não tinham armas ou ferramentas, as que tinham eram de madeira e pedra. Que se saiba, não cultuavam nenhuma divindade.
Em 1.912ADR, centauros e gnomos se encontram na base do Monte Lívis. Graças aos pequeninos, conseguem se comunicar. Com medo de serem atacados por essas enormes criaturas, os gnomos passam a oferecer mantimentos aos centauros.
Os primeiros contatos
Além dos contatos já descritos de minotauros com icilianos e de centauros com gnomos, outros, de menor impacto também ocorrem. Seguem alguns deles.
Os icilianos e kammadenses já sabiam da existência alheia a alguns séculos, mas foi só em 1.765ADR que houve o primeiro contato oficial entre governantes. Foi no planalto entre a Cordilheira de Mongreg e as Montanhas da Coragem. Tratados de não agressão são estabelecidos, os territórios são reconhecidos como legítimos assim como a linha de fronteira e o comércio é aberto (apesar de muito tímido). O fato dos dois países terem um inimigo comum (ataques de trolls vindos do Sul) ajudou o bom entendimento entre eles.
Não se sabe quando ocorreu o primeiro contato entre icilianos e elfos. Sabe-se que sentiram medo mútuo e nenhuma forma de comunicação. Os icilianos evitaram, assim, entrar na Floresta de Canarran e os elfos não saíram dela, salvo algumas poucas exceções que não voltaram.
Na sua migração para o Poente, os minotauros se encontraram com duas raças. Por volta do século XX, eles chegam na base das Cordilheiras das Asas, lar do povo alado. Quase não houve contato, uma vez que os minotauros não se interessavam em subir as montanhas e o povo alado não queria descer delas. Aproximadamente 150 anos depois, minotauros e centauros se encontraram nas proximidades das montanhas hoje conhecidas como Fábrica de Pólvora. Nenhum tipo de comunicação foi estabelecido e as tribos e bandos dos dois lados evitaram confrontos, respeitando o território alheio.
Índice da História
1ª Revelação
O Crescimento
A Guerra dos Dragões
As Primeiras Civilizações Florescem
Mais Povos se Organizam você está aqui)
As Expansões
As Nações Novas Surgem
O Dia das Revelações
A Era de Ouro
Os Fundamentos do Conflito
A 2ª Revelação – O Conflito
A Independência de Nelik e o Fim do Sultanato
A Nova Expansão da República
Os Dragões Voltam a Guerrear
A Peste Sem-Fim
A Fundação da Guilda dos Magos
A Era da Pólvora
O Epílogo
A 3ª Revelação – O Fim
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