A 1a Revelação – A Criação

No início só havia Odim e Frigga. Viviam em um lugar, no poente, chamado Asgard, mesmo antes do poente existir. Um local de belezas e riquezas indescritíveis. Eles eram maiores e mais poderosos do que qualquer mortal poderia compreender. Amavam-se, e do seu amor nasceram Thor, Heimdall, Loki, e Idum. Thor, o mais velho, sempre fez tudo o que seus pais mandavam. Sabia que seria impossível, mas desejava ser como o seu pai, forte e sábio. Sempre fazia tudo para agradar seus pais e irmãos. Em recompensa de seus atos, seus geradores criaram Sif, de beleza e elegância indescritíveis. Esta, por sua fez, recompensou seus criadores com dois netos gêmeos, Frey e Freya. Odim ficou maravilhado com essas crianças. Fora a sua mulher, eram os únicos seres que ele não criou diretamente. Em comemoração a eles, o deus supremo ordenou que Midgard fosse criada. Lá deveriam viver os mortais, que teriam o poder de criar outros mortais mesmo sem a permissão de Odim.

Assim Heimdall desceu de Asgard e fez crescer do nada as montanhas. Montanhas imensas, vindas do infinito. Depois Odim criou dois gigantes Aegir e Bragi. O primeiro deveria criar os mares e cuidar deles eternamente das suas profundezas. Bragi deveria criar o som viver nas mais altas montanhas. Frigga fez com as águas dos mares subissem aos céus e se iniciaram as primeiras chuvas. O som da chuva foi a primeira música a ser tocada no mundo dos mortais. Depois desse dia Odim e Frigga passaram gastar parte do seu tempo a tomar conta de Midgard mais de perto. Ele se transformou em grande sol amarelado, enquanto ela se transformou virou um sol menor e alaranjado que orbita em torno de seu marido. Tudo estava pronto, os dois pequenos gêmeos já podiam descer e criar os primeiros seres. Nasceram desta forma os seis cais de dragões essenciais. Os vermelhos, amarelos e verdes foram criados por Freya, enquanto Frey gerou os brancos, pretos e azuis. Logo, pequenos dragões começaram a nascer.

Impressionados com essa nova maravilha, os outros deuses também quiseram criar seus mortais e, com a permissão de Odim, o fizeram. Idum foi a primeira. Fez com que em todo o mundo crescessem plantas e animais. Surgiram as florestas, bosques e pântanos. A maior das florestas passou ser a seu novo lar, e de lá ela criou os primeiros ents, elfos, antrílopes e fadas. Desde então essas raças prometeram proteger os presentes que Idum trouxe. Heimdall, que ainda vivia debaixo das grandes montanhas, criou os anões, que habitariam as cavernas mais profundas, e os gigantes, que moram na superfície. Thor quis espalhar sua força nesse novo mundo. Assim criou humanos, centauros e minotauros e passou a observa-los cavalgando sobre as chuvas que sua mãe criara. Em retribuição, sua mãe lhe concedeu o poder de controlar os raios. Loki sentia ciúmes dos seus irmãos e, principalmente, de seus sobrinhos. Preferiu criar alguns poucos satíricos e leprechaus para infernizar a vida dos mortais, mas isso seria apenas o começo. Por fim, para que os mares não ficassem desabitados, Odim ordenou que Aegir fizesse as Nagas que viveriam nas profundezas.

Continuando suas travessuras, Loki desceu ao mundo etéreo para saciar sua inveja corrompendo algumas crias de seus parentes. Utilizou truques sujos, promessas mirabolantes e astutas enganações. Prometendo dar o poder de metamorfose para alguns elfos, os transformou em mysdras. Os humanos que queriam ser mais inteligentes foram transformados em goblins, enquanto os que queriam mais força viraram hobgoblins. Em troca da habilidade de ver com pouca luz, gigantes foram transformados em trolls. Centauros que desejavam ter sua parte inferior mais hábil foram convertidos em Wedigs. Os mortais ainda desconheciam os poderes dos deuses e pouco poderiam fazer para não sucumbir as tentações divinas. Os anões e as nagas não foram tentados, pois o deus conturbador não os encontrou. Para piorar Loki roubou uma mecha do cabelo de Sif e a jogou em Midgard. O cabelo foi transformado em mana. O objetivo era dar mais poder para os mortais e assim estes desprezariam seus criadores (o que poderia dar fim a todo Midgard). Por fim, trouxe de Asgard o poder do fogo e o deu à jovem Freya. Desnorteada com o fascinante presente do seu querido tio, Freya deixou-se ser enganada e iniciou uma briga com seu irmão.

Inicialmente, a jovem deusa criou os Insetinos para adorar e temer seu novo brinquedo, o fogo. Fato pouco relevante comparado com a desgraça que estava por vir. Freya concedeu aos dragões que ela criou o poder do fogo e ordenou que eles destruíssem aqueles criados por Frey. Este fez de tudo para que os dragões não brigassem, mas sua irmã estava cega. A Guerra dos Dragões tem início e um banho de sangue jorra sobre Midgard. Isso ainda duraria algumas décadas e custaria muitas vidas até que se chegasse ao fim.

Thor ficou enfurecido. Seus filhos foram levados a discórdia, seus humanos foram transformados em criaturas horrendas e o roubo da mecha de sua mulher caiu como uma provocação humilhante. Queria destruir Loki de uma vez por todas, Frigga o impediu. Ela não poderia deixar seus filhos lutarem até a morte, tampouco não se sentia capaz de julgar as desgraças que Loki fizera. Então Frigga criou Forseti, que teria o coração mais puro e justo e a mente mais sábia e ponderada. Caberia a ele julgar o destino do infrator, que foi expulso de volta para Asgard, de onde jamais poderia sair. Forseti assim recebeu o direito de criar os gnomos e de viver nos céus sob a forma de uma constelação em forma de uma balança.

Para reverter os feitos de seu filho, Odim entrou em ação. Ordenou que Bragi subisse aos céus com Frey e Freya. Ele deveria cuidar dos dois até que os dois crescessem. Bragi virou uma grande constelação em forma de harpa. Deste instrumento são criados todos os sons do mundo. Frey e Freya se transformaram em duas estrelas que ficam bem juntas no meio da harpa celeste. O primeiro é uma estrela branca e a segunda é vermelha. Mas antes de ir Bragi ganhou o direito de criar mortais. Os halflings surgiram para espalhar música pelo mundo. Durante o dia, os três vão para Asgard. Ao saber da situação de seus filhos e com a intenção de ficar mais próxima deles, Sif saiu de seu lar e se transformou em uma lua amarelada. Com o incentivo de Frigga, criou o povo alado a imagem e semelhança de Forseti. Do céu, Frey espalhou a paz no coração dos dragões pondo assim fim a guerra.

As almas dos mortos nas guerras se acumulavam e sofriam muito. Estavam condenadas a passar o resto da eternidade sentindo a dor de seus ferimentos. Todos os deuses não gostavam daquilo e suplicavam para que Odim resolvesse essa situação. Então um casal de deuses foi criado para cuidar das almas, Tyr e Hel. Tyr deveria cuidar dos portões de Asgard e de lá enviar Valquírias para recolher as almas dos mortos em combate. Mas esse deus fez mais. Espalhou a coragem no coração dos mortais e criou no céu uma constelação em forma de espada. Ela aponta para Asgard, no poente, e serviu de inspiração para que os mortais fizessem as suas próprias espadas. Hel fez com que os mortais aprendessem a se curar. Como havia muitas almas que morreram sem merecer entrar em Asgard, Hel as transformou em orcs e ogros que habitariam os descampados no Norte de Midgard. Ela convenceu seu marido Tyr a deixar que as almas mortas em sua homenagem entrassem em Asgard. Toda noite Hel se transforma em uma lua vermelha e passeia sobre os mortais recolhendo almas.

Para não deixar que os mortais ficassem maravilhados com as propriedades da ainda recente mana, Odim permitiu que os deuses fizessem milagres para os seus fiéis. Em pouco tempo as Ordens começaram a ser criadas.





Índice da História

1ª Revelação (você está aqui)

O Crescimento
A Guerra dos Dragões
As Primeiras Civilizações Florescem
Mais Povos se Organizam
As Expansões
As Nações Novas Surgem
O Dia das Revelações
A Era de Ouro
Os Fundamentos do Conflito

A 2ª Revelação – O Conflito
A Independência de Nelik e o Fim do Sultanato
A Nova Expansão da República
Os Dragões Voltam a Guerrear
A Peste Sem-Fim
A Fundação da Guilda dos Magos
A Era da Pólvora
O Epílogo

A 3ª Revelação – O Fim